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As Minhas 15 Mais

23 de setembro de 2010

Bizâncio ainda vive


           Historicamente, as mudanças econômicas, comerciais e políticas traçaram os caminhos de nossa civilização, faço um convite a você: Vamos fazer uma viagem rápida no tempo...
            O local é a Europa, a época é a Antiguidade Clássica, o momento político é o Império Romano.
            O Imperador Constantino, pressionado por várias invasões bárbaras, decidiu criar uma nova capital, na cidade de Bizâncio, bem próximo ao mar mediterrâneo, cidade que passaria a se chamar Constantinopla, em homenagem ao seu criador. Sua posição estratégica ligando o Mar Mediterrâneo à Ásia fazia com que ela fosse, indiscutivelmente, a maior rota comercial daqueles tempos.
            Constantinopla era parte de um coração pensante, com arquitetura grega, imensa muralha que resistiu a várias invasões. Uma de suas mais ricas construções merece destaque: Basílica de Santa Sofia, reconstruída pelo imperador Justiniano, que feliz e empolgado, com sua reconstrução disse, certa vez: “Salomão, eu te superei”!
            Forma-se então, ali, o Império Romano do Oriente, que passava ser chamado Império Bizantino, que resistiu até 1.453. Sua queda foi frente aos turcos otomanos, alguns historiadores chegaram à conclusão que esta data tão importante deveria marcar o fim da Idade Média.
            Diante da invasão dos turcos, intelectuais, poetas e cientistas migraram para outras regiões como Espanha, França e Inglaterra, dando origem ao movimento cultural chamado Renascimento.
            Portugal e Espanha, rapidamente, puseram a tirar vantagens de sua posição geográfica para oferecer novas opções de rotas comerciais, criando, inclusive, novas possibilidades de alcançar outras terras. Assim, o apogeu dessas nações passava a ser apenas uma questão de tempo. Alexandre, O Grande, disse certa vez: “Lembre-se que da conduta de cada um, depende o destino de todos”!
            De fato, a história tem seus requintes. Hoje, a cidade de Constantinopla se chama Istambul e é a capital da Turquia, não é, nem de longe, o centro comercial pulsante que foi no passado, a Europa com seu mercado comum, coberta por uma flâmula do neo-capitalismo, possui a Grécia e Portugal falidos e a Espanha sua próxima vitima, com 45 milhões de habitantes e uma taxa absurda de 20% de desempregados.
            Nesse novo panorama comercial avesso ao passado surge o que podemos chamar: Globalização Reversa, práticas comerciais que atingem um novo nicho de mercado dos países emergentes como Brasil, Índia e China, que possuem uma economia aberta, sem subsídios, uma cultura inesperada ,que desperta curiosidade do mundo. Quem sabe com otimismo, uma Bizâncio contemporânea, que continue viva  na arte, na ciência, na poesia e na liberdade de criar...
            Diante da crise de 2009, tais países ressurgiram com mais força, enfrentaram o desafio, investindo em infraestrutura, trazendo mais segurança para investimentos internacionais.
            Entretanto, surge, entre nós, um inesperado despertar... A ousadia de alguns que possam pensar, em cercear a liberdade de imprensa, tolhendo a população de tirar suas conclusões diante dos fatos. Tal iniciativa, além de arriscada, poderá comprometer as instituições democráticas, provocando desconfiança dos investidores internacionais.
            Façamos juntos, uma reflexão: É necessária uma luta continua pela liberdade, para que os princípios bizantinos possam continuar a florescer!

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