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22 de março de 2010

Saúde Coletiva - Uma conquista

O Programa Saúde da Família (PSF) originou-se na Medicina da Família que surgiu em 1996 nos EUA e representa uma tentativa de resgate de experiências históricas, sendo também um processo de racionalização envolvendo na redução de custos, o deslocamento de tecnologia e, por conseguinte, aumentando cada vez mais a cobertura de saúde.

No Brasil, tivemos o início do Programa na década de 70, mas só efetivamente foi caracterizado como política pública e implantado na década de 90, momento em que atingiu sua maturidade. Embora seja alvo de críticas por parte de leigos e profissionais de saúde, o PSF é, inquestionavelmente, de caráter focalizador, promovendo o reconhecimento e a efetivação do direito de saúde.

Neste sentido, não podemos nos esquecer nunca do que estabelece nossa Carta Magna, que preceitua: “ A saúde é um direito de todos e um dever do Estado”.

Mas, o que é hoje para o país, para os usuários, o PSF?

Ele é aquilo que os sujeitos sociais fizeram dele – a forma de implementação de acordo com cada realidade, em consonância com cada ator social, e, talvez, o mais importante, e poucas vezes visto: é justamente a percepção de cada ator que irá defini-lo.

Uma equipe de saúde deve ter acesso contínuo à percepção. Deve antes de tudo, perceber-se e motivar-se com responsável avaliação rotineira.

A saúde coletiva é a unificação da prática e saber, ampliando, reproduzindo conhecimento e aplicando-o.

Há de se ter cada vez mais uma abordagem que revele potencialidades, que busque iniciativas, que venha usufruir de diferentes contribuições e formas de inserção, bem como promover a inter-relação com profissionais de saúde, rede de serviços e a população em geral.

A esta proposta de percepção inclusa ao aprofundamento de sentidos e afetos, nos cabe, ainda relacionar e acrescentar como referência fundamental, certos aspectos, tais como: compromisso profissional, respeito, ética – sem os quais não seria possível a elaboração de práticas participativas.

E assim, finalmente, o que temos?

A prática fundamental com certa autonomia e o saber atrelado ao controle.

Talvez, todos estejamos em busca de uma proposta mais conterrânea, quem sabe, até “ideal”, cada vez mais participativa e assim sendo, mais abrangente. O fato, no entanto, é que a democratização da saúde coletiva trouxe avanços para a saúde pública e é uma luz para que aqueles que dela mais necessitam!



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